Bloger com a finalidade de divulgar alguns escritos desta amante das letras..
30/09/2015
29/09/2015
Inverso do Verso
Eu escrevo
E não para quê senão ser lida?
O porquê de tantas coisas ainda me é desconhecido
Eis um bom por que deu não sabê-los:
Eu não os busco compreender, apenas vivencio-os.
Pouso meus dedos sob o teclado, caneta, lápis e papel e os deixo correrem soltos, ora fazendo baralhos no teclado, oras chiando a caneta.
Assim é a maioria de versos, e inversos de mim saídos,
São meros acasos de tudo que em mim vive, esconde, mora, sufoca, transborda ou mata.
Assim a cada dia um novo morrer e renascer.
Não por amores românticos de humanos,
Não por dores mundanas e amenas,
Não por carências e sofrências,
Mas por sabe-se o quê, além disso, e ainda por tudo isso.
Oras bolas, que confuso os são, versos de menina vivendo déjà vu constantes.
Versos insanos?
Esperando sempre um retorno, um aceno, esteve o tempo todo na plataforma,
Tinha medo de embarcar naquele trem, mas ouviu-se repetidamente, não tenhas medo, não temas, não se deixe aprisionar pelo medo;
E então jogou-se de um susto num vagão qualquer e decidiu viajar nesse trem impetuoso, barulhento, desgovernado por vezes,
Mas nunca mais iria ficar parada na plataforma, vendo a mesma paisagem sempre cinza, suja e solitária.
By Lilyth Luthor
E não para quê senão ser lida?
O porquê de tantas coisas ainda me é desconhecido
Eis um bom por que deu não sabê-los:
Eu não os busco compreender, apenas vivencio-os.
Pouso meus dedos sob o teclado, caneta, lápis e papel e os deixo correrem soltos, ora fazendo baralhos no teclado, oras chiando a caneta.
Assim é a maioria de versos, e inversos de mim saídos,
São meros acasos de tudo que em mim vive, esconde, mora, sufoca, transborda ou mata.
Assim a cada dia um novo morrer e renascer.
Não por amores românticos de humanos,
Não por dores mundanas e amenas,
Não por carências e sofrências,
Mas por sabe-se o quê, além disso, e ainda por tudo isso.
Oras bolas, que confuso os são, versos de menina vivendo déjà vu constantes.
Versos insanos?
Esperando sempre um retorno, um aceno, esteve o tempo todo na plataforma,
Tinha medo de embarcar naquele trem, mas ouviu-se repetidamente, não tenhas medo, não temas, não se deixe aprisionar pelo medo;
E então jogou-se de um susto num vagão qualquer e decidiu viajar nesse trem impetuoso, barulhento, desgovernado por vezes,
Mas nunca mais iria ficar parada na plataforma, vendo a mesma paisagem sempre cinza, suja e solitária.
By Lilyth Luthor
25/09/2015
24/09/2015
23/09/2015
22/09/2015
September
E você
culpa o trabalho, o estresse, a vida, as pessoas...
Eu
culpo as decepções, as mentiras, a ingenuidade, a tpm...
Entre
sorrisos e sussurros, vejo aquela indiferença, tão intima...
Sinto
a solidão de sempre, rodeada de abraços vazios e presentes da hipocrisia.
E
imaginamos tudo tão perfeito, num universo paralelo, sabemos o quanto foi real,
Fomos
Olivia e Peter, amor e ódio de mãos dadas..
Ah,
naquela correria, naqueles infartos diários, eu vivendo no limite, sabendo que
perdia-o a cada dia, oras, o que poderia fazer?
E
assim de um feito a bondade de September veio unir-nos em sua realidade.
Foram
tempos maravilhosos e ainda não se sabe o porquê de hoje em dia ser assim..
Dizem-nos
que foi um sonho, que impossível essa teoria...
Mas
ainda vejo-o pelas ruas, o de sempre, sob seu chapéu aqueles mesmos olhos cinza.
Ainda
hoje quase o alcancei, mas o que iria lhe dizer ou cobrar, ou pedir?
September
seja sempre bom para mim, pois no fim das contas tu bem sabes o melhor para
nós.
A
prece diária de um despedaçado ser.
By Lilyth Luthor
21/09/2015
20/09/2015
19/09/2015
18/09/2015
17/09/2015
16/09/2015
Ruivo Anjo
Anjo ruivo ao sol,
Sorrindo distraída,
Segue sua rotina,
Nem nota,
Se olhar disfarça,
Se ouvir ignora.
Lindo anjo, pele alva, rosto suave, corpo escultural, uma menina ainda.
Que encanto surreal,
Que poder sobrenatural,
Com um olhar determinado e o mais falante emudece ao seu lado.
Mas ninguém vê sua alma,
Ninguém além de mim,
Não mais ela deixa entrar.
Ali eu vejo toda a escuridão, toda dor, todo desespero desse anjo.
Ali eu sinto todo medo, indecisão, fúria, dessa menina.
Ali eu me fiz morada.
Ali ela me guarda.
Ali eu sou bem mais que mereço.
Ali nossos corações em descompasso se abraçam e nos acalenta.
Ali ainda que eu morra ela viverá assim...
Distraída a sorrir por onde andar.
Pois ela nunca deixará que saibam que em sua alma habita um ser como eu.
Segue meu anjo..vá por onde fores..siga seu destino imposto...
Pois eu bem sei que em bom lugar estou, protegido, escondido, aninhado em seu interior.
By Lilyth Luthor
15/09/2015
14/09/2015
13/09/2015
12/09/2015
11/09/2015
10/09/2015
09/09/2015
08/09/2015
Carta a ti
Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2015.
Olá querido,
Hoje eu acordei sentindo novamente a dor de sempre,
o corpo não respondia para levantar-me, foi preciso um esforço imenso para
pôr-me de pé.
Caminhei vagarosamente para a cozinha, nunca foi tão
difícil alcançá-la, preparei instintivamente seus ovos mexidos e seu
achocolatado, pus a mesa, sentei-me a sua espera, até que Toddy subiu na
cadeira e limpou o prato com o seu desejum, tentei brigar com ele, mas ao
perceber minha loucura, sorri e lhe agradeci por me acordar.
Saímos para passear, fomos ao lago, Toddy não podia
deixar de brincar com os patos, lembra disso?
Ele perseguido os pobres até no lago, eu ouço suas
risadas marotas, vejo-te correndo atrás dele, como naquela bela manhã de
domingo de outrora.
Ele veio até mim molhado, latindo e lambendo meu
rosto, ansioso por atenção.
Ouvi ao longe uma buzina insistente, quem será que
veio importunar-me nesse momento?
Voltei com Toddy para casa, e ao longe vi o carro de
sua tia, sim, a tia bruxa, como a chamava.
Toddy sentou-se a meu lado e rosnou ao que parece
nem ele a suporta.
-Bom dia querida. Que bela manhã para uma visita
familiar.
-Bom dia, respondi secamente. O que lhe trás aqui?
-Oras amada, vim lhe ver, desde aquela tragédia que
não nos vemos.
-Prefiro continuar assim, mas diga-me o real motivo
de sua vinda.
-Nossa, ate parece me odiar. Não é só você que
perdeu um filho não, eu perdi um sobrinho muito amado e todos sofremos com
isso, pare de se vitimar, você não sofre mais que nenhum de nós.
-Cala a boca Jurema. Gritei ensandecida.
Vi-a estremecer com a minha reação, nunca na vida
respondi aos mais velhos, sejam quem fosse, mas não darei o luxo de ser educada
com quem menospreza minha dor.
Entramos finalmente, ofereci um café e após um longo
silencio ela recomeçou.
-Desculpe-me a insensibilidade Katie, justamente
sobre isso que vim conversar, já tem meses que você não sai desse sitio, não
fala com ninguém, não vai às consultas com o psicólogo, não quer contato com o
mundo. Isso precisa mudar urgentemente.
Sim querido ela me disse tudo isso, como se fosse
algo que eu pudesse simplesmente desligar ou mudar.
Eu prometi falsamente manter mais contato com os
parentes, esses mesmos que nunca me apoiaram quando seu pai se foi nos deixando
por nossa sorte, os mesmos que naquele dia choraram de remorso, aqueles que
hoje querem reparar a culpa.
Foi assim mais uma semana em minha vida.
Ah, sobre o feriado nacional, senti-me em Berlim,
pois a “Presidenta” ergueu um muro entre ela e o povo para o desfile, pasme
querido, não tem mais orgulho nacional em se desfilar na avenida como era
antigamente todo sete de setembro.
Eu recordei nossas idas à cidade, você fantasiado de
professor, representando a sua escola.
Bem querido, já é noite, tenho alguns remédios para
tomar, logo adormeço, sinto ter que terminar por aqui meu relato.
Volto semana que vem.
Com muito amor, sua mamãe Katie.
By Lilyth Luthor
Fragmentos de uma renascida
......"-Que bom que veio.-Vim me despe...Antes de terminar Lilyth pôs a mão em seus lábios e recomendou:- Hoje não Hades, novamente não, nada de adeus, sei que nunca iremos nos deixar, então hoje, seja apenas um convidado de uma festa e aproveite, ria, beba, fique o quanto desejar, na hora de partir, abrace-me e diga tchau, pois eu sei que antes mesmo que as violetas azuis morram, antes que aquela foto desbote e irei lhe ver.Hades sorriu, como se transformara aquela menina sem sal que via pelas ruas, como amadureceu, como o encantava e como isso o enlouquecia, pois queria a todo custo beijá-la, queria matá-la, roubá-la pra si e fugir, mesmo sabendo que a condenaria, mesmo sabendo que nunca seriam felizes, balançou a cabeça para ajeitar seus pensamentos e por fim falou:- Como desejar Lily. Tomou sua mão, beijou-a e tirou pra dançar.Rodopiaram pela sala sorrindo, estava em comunhão, um homem e uma mulher perdidamente apaixonados, visivelmente incompatíveis e um casal improvável, estavam fantasiando seus dias, noites e anos ate a morte certa.A música terminou e Lilyth foi pegar uma bebida, antes de voltar já sabia que ele não a esperaria, mas ela foi sorrindo, pois ele lhe fizera feliz por mais um dia...."
By Lilyth Luthor
07/09/2015
06/09/2015
05/09/2015
04/09/2015
Carta a você
Rio
de Janeiro, 03 de setembro de 2015.
Por
onde começar?
Como
sempre irei lhe contar sobre os dias que vivencio aqui distante. O sol se faz
presente todas às manhãs, mas é incapaz de me aquecer.
À
tardinha chove, ora tranqüilo ora impetuoso, eu sempre me sento à janela para
observar como as arvores se levam ao vento, como se inclinam por sobre suas raízes,
firmes, fortes e bem enterradas ao chão. Às vezes as invejo.
Certa
vez eu até caminhei por entre as flores úmidas ainda, foi revigorante e se me
permite dizer lembrei-me da sua mania de caminhar na chuva, sorrindo pra mim na
varanda.
Sabe
aquele gatinho preto que vinha às vezes? Descobrimos que é fêmea e acabou de
ter filhotes bem ali perto do celeiro antigo.
Espero
que não se importe, mas eu vou ficar com um, quem sabe ele possa preencher este
vazio que tenho no peito?
Talvez
seja só efeito dos antidepressivos, mas eu ainda ouço sua voz naquele quarto do
final do corredor.
Teve uma noite que eu lhe ouvi conversando com
alguém, corri apressada para lhe ver, quando cheguei peguei o Toddy sentado
olhando para sua cama, quando ele me viu começou a latir como me dizendo que
estava ali com você. Abracei seu travesseiro, sentindo seu perfume doce, Toddy
subiu na cama, lambendo minhas lágrimas, e dormimos ali abraçados a tua lembrança.
Sei
que ele sente sua falta como eu. Afinal tu eras mais amigo dele. Seu fiel
pastor alemão. Aquele cisco de filhote que tu encontraste jogado a beira do rio
numa caixa de sapato e chorando me implorou para ficarmos com ele.
Hoje
somente ele me faz companhia, e como alivio momentâneo, essas cartas mal escritas
mensais para uma caixa postal, na vã esperança que um dia leias.
A
psicóloga diz que isso irá ajudar, que existem muitas mães vivendo o mesmo
drama, a mesma dor,que precisam de apoio, queria me motivar a lançar uma tal de
biografia, mas me recuso a contar nossa história de amor pra um desconhecido e
vê-la virando modinha de meninas a suspirarem pelo meu anjo.
Prefiro
que fique eternamente em paz nas lembranças de uma mãe que teve de si o tesouro
roubado. Que fique em mim a doçura de teu olhar, a alegria da tua voz, o aperto
de teus abraços e o sonho de um futuro encantado.
Quero
guardaste aqui por entre as flores do nosso jardim, quando Toddy as deixa
florir, afinal ele sempre quer sair correndo e pulando por ai, mas confesso que
pouco tenho lhe dado essa diversão...
Ah filho amado, tu foste tão cedo para longe do
meu lado....
Prometo-te
seguir como puder.
Com
amor de sua mãe.
By Lilyth Luthor
03/09/2015
02/09/2015
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